Há doze anos, a Natura incorporou ativos da biodiversidade brasileira na fabricação de produtos, unindo ciência e conhecimento tradicional de comunidades agroextrativistas com geração de oportunidades de trabalho e renda para centenas de famílias.
Ao reconhecer a importância desse ecossistema para o país e o mundo, bem como para o desenvolvimento de uma nova plataforma de negócios, a Natura elegeu a região amazônica como um dos territórios prioritários de sua expansão. Dentro de um modelo sustentável, sem colocar em risco a maior floresta tropical do mundo, a empresa obtém insumos para seus produtos e, em contrapartida, oferece uma série de benefícios às comunidades extrativistas.
Atualmente, a empresa conta comprojetos para melhorar a realidade socioeconômica de 25 comunidades. A fabricante de cosméticos oferece cursos de capacitação para formar lideranças e subsídios para formação de associações ou cooperativas que intermediam a relação da comunidade com a Natura e com o restante do mercado. Além disso, a Natura ainda proporciona à população local capacitações técnicas de produção agrícola ou extrativismo e beneficiamento das matérias-primas cultivadas pelas comunidades.
Cerca de 2.200 famílias são beneficiadas nos Estados do Pará e Amazonas com a parceria da Natura com as comunidades extrativistas. Esse número deve triplicar até 2020 com a implantação de projetos previstos pelo Programa Amazônia, iniciativa da Natura que visa contribuir para o desenvolvimento sustentável da região por meio de ciência, tecnologia e inovação.
Uma das atuações do Programa Amazônia da Natura é o estímulo à formação de uma rede de produção com agricultores e comunidades agroextrativistas locais para incentivar o empreendedorismo social e desenvolvimento produtivo local. A empresa de cosméticos ampliará os negócios a partir dessas cadeias produtivas da biodiversidade ao priorizar o uso de insumos amazônicos em seu portfolio de produtos, com a elevação de 10% para 30% desses insumos até 2020.
Como exemplo desta transformação, no município paraense de Moju, a Associação dos Agricultores de Jauari “Caminhando com Cristo” foi sede de diversos cursos oferecidos pela Natura como saúde e segurança no trabalho, primeiros socorros, técnico em engenharia florestal e formação de liderança. A associação representa os agricultores daquela comunidade que, desde 2007, fornece à Natura os ativos murumuru e andiroba para a produção de sabonetes e óleos corporais. Pelo menos cem famílias foram beneficiadas com os cursos. “Esses treinamentos foram muito importantes para nossa comunidade. Conseguimos instruir grande parte das famílias e, consequentemente, diminuir, por exemplo, o número de acidentes aqui”, comemora o presidente da Associação, Rosivaldo Tavares.
Outra comunidade beneficiada, em Santo Antônio do Tauá, município localizado a 62 quilômetros de Belém, a Associação dos Agricultores de Campo Limpo comemora as conquistas alcançadas pela parceria com a Natura. A comunidade, por meio da associação, composta por 35 famílias, fornece caipitiú e priprioca para a Natura há mais de seis anos. Em contrapartida, a empresa subsidiou projetos de infraestrutura e ofereceu cursos profissionalizantes. “Hoje temos maquinário – trator – e também contamos há um ano com uma escola de computação. Nossas casas hoje são de alvenaria e participamos temos a oportunidade constante de participar dos cursos de capacitação”, destaca a presidenta da associação, Suelen Mateus. Nesta última semana de fevereiro, por exemplo, uma turma de 15 pessoas da comunidade receberá o certificado do curso ‘Negócio Certo Rural’, que ensina técnicas de administração de propriedades agrícolas. “Com mais capacitação melhoramos ainda mais a nossa condição de vida”, completa a presidenta da Associação dos Agricultores de Campo Limpo.
Ao contrário de manter relações comerciais somente com grandes empresas fornecedoras, a Natura mantém contato direto com comunidades como a Camtauá, no sudoeste do Pará, para adquirir os insumos naturais que utiliza em seus produtos e influenciar diretamente o desenvolvimento econômico e social da população local. Em 2012, acordos comerciais como os da comunidade de Camtauá movimentaram R$ 12 milhões em sua totalidade, volume 12% superior a 2011.
Tais acordos são feitos por meio de repartição de benefícios, determinados em conjunto com os produtores e comunidades. Para fazer avançar o diálogo e chegar a negociações mais equilibradas, a Natura oferece suporte técnico independente às associações para compreender e salvaguardar os direitos das populações.
Como forma de reconhecer o papel fundamental exercido por essas pessoas, a Convenção de Diversidade Biológica, a CDB, o maior acordo internacional de biodiversidade, adotado em 1992 e ratificado por mais de 190 países, determina que, além da conservação da biodiversidade e seu uso sustentável, também seja feita a repartição justa e equitativa dos benefícios adquiridos pela utilização dos recursos genéticos. Isso quer dizer que toda empresa, instituição ou país que fizer uso comercial do patrimônio genético ou dos conhecimentos tradicionais de um povo deveria devolver parte dos benefícios econômicos adquiridos para as comunidades de onde os recursos foram extraídos.
A Natura é uma das empresas pioneiras na realização de repartição de benefícios no Brasil. O primeiro contrato foi assinado em 2004, com a comunidade que trabalha na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru, localizada no Amapá, que fornece o breu branco e o óleo de castanha. “Nesses dez anos de parceria com a Natura conseguimos desenvolver a nossa comunidade. Antes não tínhamos energia elétrica nem água potável. Hoje temos até acesso à Internet. A perspectiva de vida das 58 famílias da comunidade melhorou. Temos uma alimentação mais adequada e renda fixa”, ressaltou o presidente da comunidade, Aldemir Cunha.
A Natura estabelece os contratos de repartição de benefícios com organizações formais, como cooperativas ou associações formais, não necessariamente de maneira direta com pequenos agricultores ou unidades de conservação. A repartição de benefícios é, preferencialmente, não monetária e, normalmente, feita por meio do financiamento de projetos e iniciativas que contribuam para o desenvolvimento socioeconômico da comunidade.
A Natura dedica-se a contribuir para a conservação da biodiversidade por meio do desenvolvimento de novos ingredientes e produtos baseados no uso sustentável e na repartição equitativa dos benefícios às comunidades. “As riquezas naturais da floresta, sua diversidade biológica e o patrimônio cultural da humanidade são bens de imenso valor. A utilização deve sempre incluir esforços no sentido de valorizá-las e conservá-las às gerações futuras. E por isso acreditamos que as comunidades agroextrativistas devem ser beneficiadas de forma justa e equitativa para promoção do desenvolvimento sustentável da região amazônica”, finaliza Mauro Costa.
Sobre a Natura
Fundada em 1969, a Natura é a maior fabricante brasileira de cosméticos e produtos de higiene e beleza e líder no setor de venda direta no Brasil, com receita líquida anual de R$ 7bilhões. A empresa conta com 7 mil colaboradores, que atuam nas operações do Brasil, Argentina, Chile, México, Peru, Colômbia e França. A paixão pelas relações fez a companhia adotar a venda direta como modelo de negócios e atualmente reúne mais de 1,5 milhão de consultoras, que disseminam a proposta de valor da empresa aos consumidores. A Natura acredita na inovação como um dos pilares para o alcance de um modelo de desenvolvimento sustentável. Em 2013, destinou R$ 181 milhões à inovação e lançou 179 itens. Esse investimento fez com que a empresa atingisse um índice de inovação, percentual da receita proveniente de produtos lançados entre 2012 e 2013, de 72%.
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