Na comunidade indígena Kayapó, localizada no norte do estado do Mato Grosso e no sul do estado do Pará, é possível encontrar uma família com cerca de 40 índios, entre eles tios, primos, irmãos, cunhados, avós e bisavós, dividindo a mesma oca. Com a casa cheia é preciso bastante trabalho para que haja alimento para todos. O território dessa comunidade está localizado no “Arco do Desmatamento”, dentro da fronteira sudeste amazônica, região caracterizada pelos mais elevados índices de desmatamento do país. Por isso, os antigos métodos de captação de recursos da natureza para o sustento dessas aldeias já não são suficientes. A solução foi buscar atividades alternativas de exploração da biodiversidade local.
Com recursos do Fundo Amazônia, o projeto “Fortalecimento da Cadeia Produtiva da Copaíba, Apicultura, Pequi e Artesanato” vai qualificar e fortalecer o sistema produtivo da região para oferecer condições adequadas para beneficiar, extrair e elaborar produtos que possam ser vendidos nas comunidades locais e propiciem segurança alimentar e melhores condições da produção de alimentos.
A proposta é agregar valor aos produtos naturais como pequi, copaíba, mel e sementes (artesanato) coletadas pela comunidade Kayapó por meio do estímulo à adoção de boas práticas de manejo. O trabalho, que está sendo coordenado pelo Instituto Raoni, prevê a melhoria da qualidade das sementes, investimentos em infraestrutura e apoio para a comercialização, desde identificação de potenciais compradores até a negociação e articulação para garantir o melhor preço para os produtos e, consequentemente maior renda para as famílias Kayapó envolvidas nestas atividades.
Na prática, os índios vão trabalhar com a desidratação de frutas, produção de mel, extração de resinas do óleo de copaíba e a venda de peças de artesanato.
A Fundação Banco do Brasil, em parceria com o Fundo Amazônia, por meio do BNDES, vai fazer o investimento social de mais de um milhão de reais para que sejam adquiridos equipamentos, como desidratador de alimentos, kits de utensílios para extração da copaíba, ferramentas e matéria prima para utilização nos artesanatos, entre outros. Ao todo, 1.215 indígenas vão ser beneficiados com o projeto.
“A condição do índio nesta região é muito ruim. Por isso, esse projeto procura melhorar as condições de vida dessas famílias por meio de uma atividade, um trabalho. A ideia é permitir que os índios conquistem o alimento do dia-a-dia com dignidade e sustentabilidade e tenham, através do próprio trabalho, uma renda para suas famílias”, afirma Edson Araceli Santini, coordenador administrativo e financeiro do Instituto Raoni.
Fundo Amazônia
O Fundo Amazônia é constituído de recursos de doações do governo da Noruega, Banco de Desenvolvimento da Alemanha KFW, Petrobras e empresas e é administrado pelo BNDES. Em cinco anos, a parceria prevê a aplicação de um total de R$ 100 milhões de investimentos sociais na região do Bioma Amazônia. Esses recursos serão destinados à promoção da conservação e do uso sustentável das florestas – que contempla todos os municípios do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima, e parte dos municípios do Maranhão, Mato Grosso e Tocantins.
< Voltar
Outras notícias recentes
12/05/2016 - Aberje recebe primeira indicação para o Prêmio Luiz Beltrão
11/05/2016 - Fernando Palacios: Storytelling é a melhor forma de personificar a marca em um personagem
09/05/2016 - Facebook é a rede social mais utilizada para buscar vagas de estágio, aponta pesquisa
09/05/2016 - Paulo Nassar é nomeado conselheiro da Fundação Padre Anchieta
05/05/2016 - Seminário discute o futuro do storytelling
O primeiro portal da Comunicação Empresarial Brasileira - Desde 1996
Sobre a Aberje |
Cursos |
Eventos |
Comitês |
Prêmio |
Associe-se |
Diretoria |
Fale conosco
Aberje - Associação Brasileira de Comunicação Empresarial ©1967 Todos os direitos reservados.
Rua Amália de Noronha, 151 - 6º andar - São Paulo/SP - (11) 5627-9090