Será que temos consciência do poder da palavra falada?
Será que nós temos consciência da dimensão do poder da palavra falada e como ela está permanentemente presente no nosso dia a dia e como ela determina nossa realidade?
A palavra falada é a origem da comunicação e a responsável pela formação da linguagem. Não é apenas uma das formas de comunicação, ela é a essência da comunicação humana. Ela está presente em nossas vidas antes mesmo de nascermos.
O livro ‘O Efeito Mozart’ de autoria de Dom Campbell, relata as experiências do Dr. Alfred Tomatis, M.D., médico francês, dedicado a pesquisas sobre a audição humana nas quais ele descobriu que a voz da mãe serve como cordão umbilical sônico para o bebê em desenvolvimento e também como fonte primeira de estímulo.
O autor afirma que o feto é capaz de escutar. O ouvido é o primeiro “órgão” a se desenvolver no embrião, ou seja, o que a futura mamãe ouve, sejam as suas músicas preferidas, as conversas, ou outros sons, é ouvido também pelo futuro bebê a partir dos quatro meses e meio de gestação, e interfere nas características dele que começam a se manifestar já nos primeiros meses de vida.
Tomatis afirma que “a nutrição vocal que a mãe provê é tão importante como o seu leite para o desenvolvimento da criança”. O primeiro choro é que marca o início da nossa vida. Antes de darmos os primeiros passos, já pronunciamos as primeiras palavras. A criança passa a aprender, desde bebê, que a voz é o instrumento básico para o relacionamento com o mundo. A voz, de muitas maneiras, é a função do corpo que mais se expõe e que mais expõe a nossa individualidade, nossas particularidades, nossa alma.
Ele descobriu que “a voz só pode reproduzir o que o ouvido pode ouvir”, uma teoria com aplicações práticas profundas para o desenvolvimento da linguagem – inicialmente ridicularizada, mas depois amplamente aceita pela Academia Francesa de Medicina. Os batimentos cardíacos estão particularmente sintonizados com sons que determinam a musicalidade de todo o corpo, enquanto a base da voz é a respiração. Aspiramos o ar, o levamos de nossos pulmões até as profundezas das células e o devolvemos ao mundo.
No grego, a palavra “respiração” significa espírito, fôlego. A palavra hebraica ruach significa não só espírito do gênese flutuante sobre a terra, o espírito de Deus pairava – vibrava sobre os elementos, mas também o hálito de Deus.
Se aprender a falar é o primeiro passo, supondo que o estudo das palavras se conclui o estudo das idéias, aprender a ouvir é o segundo passo e com certeza uma das questões centrais no desenvolvimento educacional. Ao ouvir aprendemos mais a pensar do que falar, porque esta audição é feita pela própria substancia da palavra, dando a retórica apenas uma função reguladora e exterior.
Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje
e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 2023
Outras colunas de Jorge Cury Neto
14/09/2015 - Voice Design Coaching, construção do projeto pessoal da voz
03/11/2014 - Instructional Voice Design
30/06/2014 - Voice design, a nova dimensão da comunicação pela voz
14/05/2013 - Saber ouvir é o caminho para falar assertivamente
31/01/2013 - Voice design: ouvir é uma habilidade rara, raríssima
O primeiro portal da Comunicação Empresarial Brasileira - Desde 1996
Sobre a Aberje |
Cursos |
Eventos |
Comitês |
Prêmio |
Associe-se |
Diretoria |
Fale conosco
Aberje - Associação Brasileira de Comunicação Empresarial ©1967 Todos os direitos reservados.
Rua Amália de Noronha, 151 - 6º andar - São Paulo/SP - (11) 5627-9090