Nesse dia 15 de abril o Google abriu inscrições para quem quiser adquirir o Google Glass. Trata-se do par de óculos conectado, que tira foto, grava imagem, faz vídeo chamada, busca, geolocalização e tradução, tudo por comando de voz. A companhia também desenvolveu a ação Google Glass Explorer Program, que oferece ao público a possibilidade de testar o produto. Os “eleitos” foram os primeiros a criar e compartilhar através dos óculos / gadget tecnológico.
No domingo anterior ao lançamento o personagem Homer Simpson usou um "Oogle Goggles", no episódio “Specs and the city”, veiculado em emissoras dos Estados Unidos. Nele, todos os funcionários da usina nuclear de Springfield ganharam um de presente do Sr. Burns, interessado em espionar os empregados. Brincadeiras à parte, agora já está à venda uma série limitada dessa poderosa lente hi-tec, por US$ 1.5 mil. Mas, desde 2013 a companhia já comercializou oito mil unidades do produto como forma de testes.
Estes dispositivos vestíveis - como óculos que gravam vídeos e relógios de pulso para checar mensagens de texto - ainda têm altos preços e, de acordo com pesquisas da consultoria Endeavour Partners, um em cada dez consumidores, com mais de 18 anos, não utiliza mais o seu Smartwatch. A pesquisa indica que mais da metade dos americanos que adquiriram quaisquer dispositivos modernos que monitoram atividades físicas os abandonaram em pouco tempo. A média foi de seis meses.
Mas, os dispositivos vestíveis foram destaque na mostra mais importante do setor, a CES 2014 (Consumer Electronics Show), de Las Vegas. A personal pulseira Nike Fuelband assim como o relógio conectado Samsung Galaxy Gear têm obtido sucesso nas vendas. Agora teremos o aguardado iWatch, da Apple. Com um display flexível, deve chegar às lojas ainda nesse semestre.
De todas as recentes inovações - com certa inspiração na família do desenho Os Jetsons -, creio que a mais significativa seja a das impressoras 3D. A tecnologia já não faz parte da ficção científica. Ela é recente, mas já é acessível. Por menos de 400 dólares é possível ter uma e criar, em poucos segundos, os mais variados objetos.
Alguns estudiosos chegam a reconhecer nessas impressoras uma nova revolução industrial, que mudará o modo como se processa e consome manufatura. Do modelo “fordista”, com milhões de produtos iguais com um único molde, passaremos a criar e produzir um objeto sob medida, customizado para cada necessidade do usuário final.
As impressoras 3D trabalham na manufatura aditiva, em oposição à subtrativa, que remove as partes desnecessárias do material bruto. Camada por camada, ela se movimentando em três direções aplicando diferentes materiais como plásticos derivados de petróleo ou PLA, feito de milho e biodegradável. As mais sofisticadas podem utilizar vidros, metais e, mesmo, tecidos biológicos.
A moda se espalha e no
Thingiverse já são mais de 100 mil arquivos 3D disponíveis para que cada um possa criar, copiar ou adaptar um objeto. É a customização ao alcance de todos.
A startup M3D pretendia angariar US$ 50 mil para lançar uma impressora 3D de baixo custo. Em 11 minutos no Kickstarter, site de financiamento coletivo, eles alcançaram a meta e, em quatro dias, conseguiram quase US$ 2,5 milhões em doações.
Os vestíveis e as novas impressoras estreitam a relação entre virtual e real, digital e palpável. De hobby para poucos passa a ser de ampla utilização no setor corporativo, inclusive nos departamentos de comunicação que terão novos canais e poderão projetar novos suportes para suas mídias.
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